por Fernando Carregal
Pronto! Foi só o Barcelona viver este 'abril negro' que os apocalípticos da sabedoria futebolística iniciaram o decreto para o fim do futebol maravilhoso exercido pelo time da Catalunha. Ledo engano se você também pensa assim caro amigo. O Barcelona foi sim eliminado pelo Chelsea, perdeu o titulo espanhol para seu grande rival, e sofreu duas derrotas consecutivas, fato não ocorrido desde 2009. É fato que passará a temporada com apenas uma final (a Copa do Rei), e talvez um título. Mas eu não tenho dúvidas de que o time espanhol ainda é, de longe, o melhor do mundo. É só analisar a diferenciação com que o Barça é tratado pelos adversários e como foram os embates ante o Chelsea.
O Barcelona se tornou, nos dois confrontos perante os Blues, o refém de um famoso personagem do futebol: o imponderável. Este é aquele que faz com que o melhor do mundo perca o pênalti, que as bolas batam na trave, que um time destroçado psicologicamente e envelhecido como o Chelsea encontre forças a partir da demissão de seu técnico e se torne praticamente imbatível moralmente.
Porém, chega de Barcelona, eles ainda vão ganhar muitas Champions e encantar o mundo durante muito tempo! Não me permitirei deixar de elogiar a atuação companheira, humilde e principalmente peculiar de todo o time do Chelsea, que soube jogar como uma equipe pequena, se defender perfeitamente e aproveitar as chances que encontrou durante os jogos e foi sim, a maior responsável pela vitória.(me desculpe senhor imponderável...)
Era impressionante ver a dedicação e a vontade de jogadores consagrados, como Lampard, Cech (que goleiraço!) e Drogba (que atuação de lateral esquerdo no último jogo!). Esses jogadores simbolizavam, em minha opinião, a última chance, o último suspiro de guerreiros feridos e cansados da desconfiança, guerreiros que apesar de não necessitarem, resolveram que ainda iriam provar a todos que podem ser gigantes novamente. E graças à saída de Villas-Boas e à chegada de Di Matteo, que deu liberdade de comando aos 'medalhões' da equipe, as coisas começaram a dar certo.
Suas táticas, suas aceitações dos caprichos do elenco dos Blues, e principalmente a humildade de aceitar certas situações, o fazem para mim a revelação e peça principal na modificação do panorama do Chelsea 2012, resta agora saber, se estes fatores serão suficientes para uma vitória (por que não épica) em pleno Allianz Arena, contra o time da casa, o Bayern Munich, para mim, de longe favorito para a conquista da Champions desta temporada. Mas eu não duvidaria do Chelsea, não duvidaria de Drogba, Lampard e nem Di Matteo, pois apesar de o Barcelona continuar sendo "O Barcelona", melhor time do mundo, o Chelsea voltou, talvez a ser o que nunca foi, um time brilhante na defesa e com um nunca visto sangue nos olhos... aguardemos o 19 de maio...
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