A Premier League é a primeira da lista simplesmente por ser a mais lucrativa e rica do mundo. O campeonato Inglês também é o mais assistido globalmente, com um número superior a 1 bilhão de expectadores. A temporada 2011/12 já começou, e apesar de cedo para fazer algum prognóstico, a obviedade continua imperando na terra da rainha. Os seis times mais poderosos do campeonato irão brigar pelas primeiras posições, é muito improvável que o título e as vagas para a Champions League não fiquem com Manchester United, Manchester City, Arsenal, Liverpool, Tottenham e Chelsea. Para mim, muita coisa pode acontecer entre esses times.
Deles, vejo o Arsenal mais fraco e com menos chances do que nas temporadas anteriores. O desmanche ocorrido no meio campo do time é preocupante, Cesc Fábregas e Samir Nasri eram peças importantíssimas para os Gunners, e sem eles, o elenco extremamente jovem não terá sustentação e nem profundidade para manter-se regular durante uma temporada inteira. O técnico francês Arsène Wenger começa, após muito tempo, a ser questionado no comando do time vermelho e branco, resta saber se as apostas dele em jogadores novos como Wilshere, Walcott, e no recém contratado Gervinho surtirão efeito. E para aqueles que perguntam sobre Van Persie, ah, esse cara já, para mim, nunca foi nada de especial.
Continuando em Londres, vamos ao Tottenham, time do qual eu esperava muito na última temporada, time que encheu meus olhos durante a primeira metade dela, e depois perdeu o rumo. Os Spurs, possuem um elenco extremamente forte, no gol trouxeram Friedel, goleiro americano experiente e que pode ser sombra de Gomes, contestado após falhas grotescas durante a metade final da temporada passada. Contam com uma zaga firme e alta, e um ataque muito bom, com variáveis interessantes, como Pavlyuchenko e Crouch, alem do rápido Defoe. Porém é no meio campo que a coisa "esquenta", Modric, Bale e principalmente Van der Vaart fazem do Tottenham uma força não só na Inglaterra, porém em todo o continente. São jogadores de raro talento e de extrema competência, só resta saber se a "mala" do técnico Redknapp não vai aprontar das suas e "retrancar" o time, como o fez na temporada passada.
Saindo de Londres, pego o famoso "Underground" inglês e vou para Manchester, mais precisamente do lado azul celeste da cidade, aonde estão os Citizens, ou se preferir, o Manchester City. A equipe dos "petrodólares" está mais forte do que nunca, e após uma ótima temporada 2010/11 que culminou na classificação para a Champions League e um título que não vinha há mais de décadas, começo a enxergar o time azul celeste como um dos favoritos para levar a Premier League e dar trabalho Europa a dentro. O time, que já era forte, com nomes como o ótimo goleiro Hart (hoje o melhor da Inglaterra), Kolarov, Micah Richards, Touré, Tevez, Dzeko (como faz gol!), Milner, Barry, entre muitos outros, se reforçou muito bem com Agüero e agora terá que provar que pode ser sim protagonista no cenário do futebol europeu. E para isso terá que contar com o técnico Roberto Mancini, que terá de ter muito jogo de cintura, competência e principalmente paciência para conter os egos inflados do elenco. Vejo em Mancini a capacidade para isso, resta ele ver e saber aonde encaixa tantos nomes talentosos e caros...
Em vez de me direcionar para o outro lado de Manchester, dou uma parada em Liverpool, aonde o time com mesmo nome busca reencontrar-se com a ideia de ser um dos grandes da Inglaterra. Após um ano de fracassos, problemas de lesões, e principalmente problemas econômicos, que culminaram com a venda do clube para um grupo de milionários liderados pelo entusiasta do baseball John Henry. Pois bem, Henry começa a investir no time do técnico Kenny Dalglish. A base formada pelo bom goleiro Reina, os zagueiros Agger e Skrtel, um meio campo que transborda técnica com Lucas, Joe Cole, o ótimo Maxi Rodriguez e o craque Steven Gerrard e um ataque que se completa, com o veloz e objetivo Suarez e o "striker" Andy Carroll, sem contar com o ótimo Kuyt, já é muito forte, e com a chegada de Downing (grande jogador) e da promessa Jordan Henderson, creio que os comandados de Dalglish darão muito trabalho nesta Premier League, e quem sabe surpreendam aos céticos e levem a tão sonhada taça para o lado dos Beatles.
Reservo o último parágrafo dessa análise para o atual campeão, o Manchester United. Não há time na Inglaterra mais preparado, entrosado e capaz de suportar à pressões como essa equipe. Apesar da perda de Van der Sar, que se aposentou, o Manchester foi rápido e contratou uma das maiores promessas do futebol atual, o goleiro espanhol David De Gea. De Gea, é novo e tem futebol para ser titular do time pelos próximos 20 anos, resta saber se terão paciência com um jogador ainda em formação e que substitui um ídolo da torcida, aliás ídolo que falhava muito pouco e garantia resultados importantes à equipe. Além do goleiro espanhol, o Manchester ainda trouxe duas das maiores jóias atuais do futebol inglês, Ashley Young e Phil Jones. O primeiro já é uma realidade, sendo destaque do Aston Villa na última temporada e o segundo garantiu ótimos resultados atuando na zaga do Blackburn. Young, De Gea e Jones complementam um elenco com jogadores excepcionais em todas as posições, Vidic é um zagueiraço que erra muito pouco, no meio temos equilibrio, talento e juventude, tudo mesclado através de Anderson, Valencia, Cleverley (fiquem de olho nesse menino!) e o raro e nunca velho Ryan Giggs, já para o ataque temos Rooney, Nani, Berbatov e o outro menino de raro talento Welbeck, que já marcou dois gols neste campeonato. É amigos, se me dessem a oportunidade de apostar, apostaria no vermelho.
É claro que surpresas podem acontecer, porém, não creio nelas. Então, me desculpem Aston Villa, Blackburn, Bolton, Everton, Fulham, Newcastle, Norwich, QPR, Stoke, Sunderland, Swansea, West Brom, Wolverhamptom e Wigan, esse campeonato não vai ser para vocês.
Nos vemos na próxima com a minha pessoal análise da Bundesliga...
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