
por Fernando Carregal
@carregalf
O até então absoluto São Paulo tomou duas "trauletadas" nas últimas semanas e com isso voltaram à tona os problemas no elenco e na comissão técnica que assolaram o tricolor paulista após a eliminação surpreendente na Copa do Brasil para o Avaí. O técnico Paulo César Carpegiani chegou até a ser demitido, porém devido ás nulas opções existentes no mercado foi readmitido e colocou o time de volta aos trilhos utilizando de um elenco renovado, comandado por seu líder maior e magnânimo: Rogério Ceni. Mas parece que tal magia acabou, tanto de seu técnico com o elenco, como de seu elenco com o técnico, já que não é de hoje que Carpegiani tem suas escolhas questionadas por Rogério Ceni e outros medalhões do elenco. Essa ilustração da atual situação do tricolor paulista, serve para entrarmos no tema que quero abordar neste texto, o grande Rivaldo, que para mim é sim a solução de alguns problemas do time para o seguimento do Brasileirão.
O meia atacante de 38 anos tem em seu currículo conquistas importantes pelo mundo do futebol, sendo a mais importante delas a Copa do Mundo de 2002, onde, para esse humilde blogueiro aqui, foi o maior responsável pela vitória brasileira, sendo até mais fundamental que Ronaldo, fato esse ignorado pela maioria da imprensa especializada até hoje. Rivaldo fez também uma brilhante Copa de 98, manchada pelo papel ridículo, ainda sombrio, da seleção na final contra a seleção francesa de lendários como Zidane e do goleiro carequinha Barthez.
O paulista de Mogi é sim injustiçado, e como alguns outros jogadores, considerado sonolento e inconstante, algo impensável no futebol atual de acordo com algumas "antas" por aí. O jogador que teve no Barcelona seus melhores momentos em um clube de futebol, tem visão de jogo única, é, para mim um dos maiores que vi em campo, arremata com precisão e força e possui dois fatores que a equipe de Carpegiani(até quando???) necessita urgentemente: calma e experiência. Rogério Ceni, é sim o líder maior desse time, porém, o goleiro dos 100 gols não pode estar presente no meio de campo, orientando o time com os pés como Rivaldo pode fazer.
Mas porque o técnico "balançante" não o escala? Essa pergunta meus amigos segue sem resposta, e jogo aqui ao ar algumas possibilidades, levantadas pelo próprio Rivaldo em algumas entrevistas. Elas vão desde preferências táticas, até o próprio preconceito de se utilizar um jogador de idade avançada no elenco; de acordo com Rivaldo, o técnico tricolor não aceita sua contratação, pois iria contra seus pedidos à direção do clube, e o usa como exemplo para demonstrar toda sua insatisfação com a falta de atividade do clube paulista no mercado(vale salientar aqui que o São Paulo gastou 14 milhões de reais na contratação de Luís Fabiano, que ainda não estreiou).
Rivaldo pode ter sido esquecido por muitos, mas não por mim, além de ser usado como inspiração para o jovem elenco do São Paulo, poderá dar a tranquilidade necessária ao meio campo "rapidinho" do São Paulo, dando segurança para as arrancadas fulminantes de Lucas e municiando "Fabuloso" e, quem sabe, até marcando gols importantes. Rivaldo também pode assumir as bolas paradas do time(as faltas frontais são de Rogério, lógico!), já que o tricolor paulista padece de jogadas ensaiadas pelo alto. E o principal, Rivaldo pode dividir as responsabilidades de liderança com Rogério Ceni, pois também possui história rara no futebol, sendo respeitado como poucos dentro de campo, talvez até mais do que o goleiro artilheiro.
É óbvio que essa relação não pode ser unilateral, ao mesmo tempo que o São Paulo precisa de Rivaldo, e o time precisa de mais uma liderança além de Rogério; Rivaldo também precisa do São Paulo e do apoio de seus colegas de equipe, mas principalmente do apoio de Carpegiani e da diretoria tricolor, pois só com isso ele conseguirá acumular atuações e modificar o então "rapidinho" porém inexperiente time paulista. Rivaldo é a panela velha que irá temperar e dar aquele toque especial na receita de Paulo César Carpegiani...
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