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@carregalf
Nunca se falou tanto em Paulo Henrique Ganso como nas útlimas semanas! Não amigos, isto não é uma reclamação, muito menos uma inveja incontida devido ao talento do jogador com apelido animal. Este ponto de exclamação que ilustra o início deste texto, nada mais é do que uma simples e cruel constatação: faltam "camisas 10" brasileiros no futebol, um fato preocupante, demonstrado ainda pela incrível falta que um jogador com a visão de jogo e talento de Ganso fez nos jogos do Brasil contra as seleções da Argentina, França e Holanda(isso deixando de lado os amistosos caçaníqueis que prefiro ignorar), e nos jogos do time do Santos pela Libertadores da América, o que até obrigou o técnico Muricy Ramalho a modificar o esquema do qual está acustumado a utilizar. A discussão sobre o talento e as habilidades de PHGanso já estão saturadas e não cabem nesse post, o que quero discutir aqui é a preocupante entresafra que sofremos no Brasil com relação ao "enganche", ou o famoso "camisa 10 clássico".
Sempre que abrimos discussões como essas, surgem aqueles teimosos que implicam em dizer que o futebol mudou, está moderno, que atualmente todos os 10 jogadores de linha tem de marcar, cobrir espaços, e que não há tempo para se ficar com a bola no pé, aguardando o momento certo para soltar aquele passe decisivo, aquele lançamento primoroso para abrir espaços, ou seja, essas pessoas, que na minha opinião não enxergam o futebol da maneira correta dizem que atualmente ele é apenas correria, correria, preencher espaços e mais correria. Me desculpe amigo se infelizmente é um desses teimosos, mas estou aqui para dar meu parecer, e ele será embasado por uma teoria(comprovada abaixo) de que o problema é com o futebol brasileiro e não com o mundo do futebolístico.
Para mim, o futebol brasileiro tenta, sem sucesso adaptar-se ao estilo de futebol rústico(moderno???) que prega o pragmatismo(não que isso seja ruim), a compactação e proximidade dos jogadores e os resultados, é a famosa ideia de que o "Gol é um detalhe", frase dita por Carlos Alberto Parreira ao justificar seu famoso estilo retranqueiro. Com essa tentativa de impor essa cultura futebolística no Brasil, estamos transformando nossas peneiras em locais para se desperdiçar talento, pois o menino que não é forte, não sabe marcar ou às vezes não é rápido suficiente é deixado de lado, e aí, quantos PH Ganso não deixamos no meio do caminho, ou pior quantos foram transformados em zagueiros ou em volantes "brucutus"?
É meu amigo, creio ser essa a explicação. Posso, em algumas linhas exemplificar jogadores "Camisas 10" que podem não possuir o refino e talento de Ganso, mas que são úteis aos seus times, mesmo não sendo rápidos, ou fortes demais; vamos a eles: Montillo do Cruzeiro, que ajeitou o meio campo celeste, Conca, do Fluminense que encontra maneiras incríveis de se jogar um futebol inteligente sem que seja forte ou extremamente rápido, posso ir até mais longe, citando o menino turco Nuri Sahin, que com apenas 22 anos comandou o time do Borussia Dortmound da Alemanha a um título histórico na Bundesliga, e para não me alongar cito apenas mais um o também menino e alemão Mesut Ozil, do Real Madrid, que deu uma consistência nunca vista para a seleção alemã, e é, sem alguma dúvida um dos maiores responsáveis pelos mais de 30 gols marcados por Cristiano Ronaldo na temporada espanhola.
Viu algo em comum entre esses jogadores? É, nenhum deles é brasileiro, e talvez esteja aí a explicação, pois enquanto os outros buscam valorizar e fazer evoluir o talento de seus meninos da base, aqui estamos nós esquecendo do talento, e deixando de lado a essência do futebol brasileiro, deixando de lado a ambição pelo gol, que é fundamental, e não um detalhe, como pregam uns retranqueiros por aí...
Sempre que abrimos discussões como essas, surgem aqueles teimosos que implicam em dizer que o futebol mudou, está moderno, que atualmente todos os 10 jogadores de linha tem de marcar, cobrir espaços, e que não há tempo para se ficar com a bola no pé, aguardando o momento certo para soltar aquele passe decisivo, aquele lançamento primoroso para abrir espaços, ou seja, essas pessoas, que na minha opinião não enxergam o futebol da maneira correta dizem que atualmente ele é apenas correria, correria, preencher espaços e mais correria. Me desculpe amigo se infelizmente é um desses teimosos, mas estou aqui para dar meu parecer, e ele será embasado por uma teoria(comprovada abaixo) de que o problema é com o futebol brasileiro e não com o mundo do futebolístico.
Para mim, o futebol brasileiro tenta, sem sucesso adaptar-se ao estilo de futebol rústico(moderno???) que prega o pragmatismo(não que isso seja ruim), a compactação e proximidade dos jogadores e os resultados, é a famosa ideia de que o "Gol é um detalhe", frase dita por Carlos Alberto Parreira ao justificar seu famoso estilo retranqueiro. Com essa tentativa de impor essa cultura futebolística no Brasil, estamos transformando nossas peneiras em locais para se desperdiçar talento, pois o menino que não é forte, não sabe marcar ou às vezes não é rápido suficiente é deixado de lado, e aí, quantos PH Ganso não deixamos no meio do caminho, ou pior quantos foram transformados em zagueiros ou em volantes "brucutus"?
É meu amigo, creio ser essa a explicação. Posso, em algumas linhas exemplificar jogadores "Camisas 10" que podem não possuir o refino e talento de Ganso, mas que são úteis aos seus times, mesmo não sendo rápidos, ou fortes demais; vamos a eles: Montillo do Cruzeiro, que ajeitou o meio campo celeste, Conca, do Fluminense que encontra maneiras incríveis de se jogar um futebol inteligente sem que seja forte ou extremamente rápido, posso ir até mais longe, citando o menino turco Nuri Sahin, que com apenas 22 anos comandou o time do Borussia Dortmound da Alemanha a um título histórico na Bundesliga, e para não me alongar cito apenas mais um o também menino e alemão Mesut Ozil, do Real Madrid, que deu uma consistência nunca vista para a seleção alemã, e é, sem alguma dúvida um dos maiores responsáveis pelos mais de 30 gols marcados por Cristiano Ronaldo na temporada espanhola.
Viu algo em comum entre esses jogadores? É, nenhum deles é brasileiro, e talvez esteja aí a explicação, pois enquanto os outros buscam valorizar e fazer evoluir o talento de seus meninos da base, aqui estamos nós esquecendo do talento, e deixando de lado a essência do futebol brasileiro, deixando de lado a ambição pelo gol, que é fundamental, e não um detalhe, como pregam uns retranqueiros por aí...

Excelente Fernando! Ótimos exemplos! Vou dar minha opinião. Nós tivemos uma copa sem 10 (2010), mas nas outras copas tínhamos bons 10 (Ronaldinho Gaucho, 2002 e 2006, Rivaldo/Leonardo, 1998... e até mesmo Rai, 94, mesmo que esse tenha decepcionado na copa, foi um grande 10). Porem essa entressafra vai ser superada pelo Ganso e já já pelo Phelipe Coutinho, eu acredito... Bom debate! Que outros 10 podem representar bem o Brasil nos próximos anos?
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