segunda-feira, 27 de junho de 2011

GENIAIS, FANTÁSTICOS E OPOSTOS?

por Fernando Carregal
@carregalf

Olá amigos, para comprovar que esse blog não irá tratar somente de futebol, trago-lhes um texto sobre tênis. Entretanto, não aguarde ler nas seguintes linhas, críticas à Confederação Brasileira de Tênis(CBT), muito menos algum texto exaltando o grande ídolo Gustavo “Guga” Kuerten, ou algo que conte a história do esporte no Brasil. Neste texto espero passar um pouco do prazer que tenho, como amante do tênis, de assistir dois dos maiores jogadores que passaram e passarão pelas quadras desse mundo: Roger Federer e Rafael Nadal. Porém, não venha ler este texto com a esperança de encontrar análises numéricas sobre o desempenho dos dois, ou pior, uma injusta comparação; se busca esse tipo de texto, recomendo ler outros blogs e outros blogueiros. Aqui, encontrará um texto apaixonado e puramente escrito do ponto de vista de um fã do esporte sobre a genialidade dos dois, cada um, Gênio (com "g" maiúsculo) da sua maneira.


Para iniciar o desenvolvimento da idéia acima, quero dizer que não é possível ser gênio 24 horas por dia, Ora Bolas! Não é isso que também colocarei em pauta por aqui. Ser gênio para mim, é levar um sorriso ao rosto naquele segundo da bola impossível, é levar a esperança a algum telespectador que mesmo vendo o contrário sabe que o jogo não está perdido, ser gênio é saber perder, mas principalmente saber ganhar, ou seja, a genialidade não é para todos, e para mim Federer e Nadal, transbordam esse fator tão valorizado e pouco encontrado no mundo esportivo atual. E por mais incrível que possa parecer, os dois trazem em si características opostas, o que, indubitavelmente deixa ainda mais emocionante curtir cada jogo desses geniais jogadores.

Federer é clássico, possui estilo de jogo variado, pode fazer de tudo um pouco dentro de uma quadra de tênis. Elegante por sua natureza suiça, Roger Federer faz da bolinha e da raquete um instrumento mágico, e durante uma partida em que ele estiver presente tenho sempre a certeza de que não sairei sem um momento "Federer", algo que me fará agradecer por ter assistido àquele jogo. O suiço sempre garantirá o tal sorriso ou o grito de surpresa realizando algo inimaginável durante o jogo. Afirmo aqui que nunca, repito, nunca assisti a algum jogo do elegante tenista nos últimos oito(!) anos em que ele não tenha feito algo absolutamente impossível ou improvável, e olhe que vi muitos jogos(muitos mesmo!) de Rog(como é chamado pelos próximos).

Já Rafa, ou El Toro Miúra(seu apelido na Espanha) é vibrante, intenso, absolutamente físico, mas não deixa de ser extremamente técnico. Nadal, antes conhecido apenas por seus dotes físicos e resistência dentro de quadra melhorou seus pontos desfavoráveis, como o saque, voleio e bolas de ataque, e hoje, não é a toa que ganha jogos e torneios em todo o tipo de superfície, sendo o atual número um do mundo. Nadal é o gênio da intensidade, do plano de jogo, da execução perfeita de táticas dentro de quadra. Sua força e concentração ultrapassam o nível da normalidade, é genial ver alguém com tamanha gana interior e ao mesmo tempo tamanha concentração para com o exterior como Rafael Nadal. 

Federer e Nadal são absolutamente irretocáveis no que fazem, da sua própria maneira, conquistam milhões de fãs pelo mundo, e fazem com que o mundo pare quando algum confronto entre eles acontece.É maravilhoso e uma oportunidade única poder ver esses dois se enfrentando, algo para se recordar para sempre, todas suas batalhas em quadra nos reservam algo de especial, e merecem detalhe(até por isso resolvi deixar números de lado nesse texto). São duelos inesquecíveis que passam pelos 4 cantos do mundo, e seria injusto de minha parte escolher um apenas para simbolisar o que procuro descrever por aqui. Enquanto Federer é música clássica, vinho fino, aquele filme do Woody Allen que presa pelo impecável cenário, Nadal é o heavy metal que incomoda os ouvidos, uma dose de tequila tomada direto da garrafa, um filme de ação do início ao fim; é assim que vejo esses dois jogadores, dois opostos, que me atraem indiscutivelmente com suas virtudes dentro de quadra, como disse, cada um é Gênio do seu próprio e fantástico jeito.

Carrego em minha memória os momentos fantásticos proporcionados por eles enquanto os assistia. Momentos esses que carregarei para sempre e posso afirmar que sou grato de poder ter assistido dois dos maiores tenistas da história com meus próprios olhos, que se viram de volta aos momentos de criança, quando não via a hora de chegar a casa, sentar a frente do televisor e assistir a mais um episódio de Cavaleiros do Zodíaco(desculpem-me pela nostalgia). É assim que me sinto quando vejo Federer e Nadal em ação, um menino, que na ansiedade e alegria de poder presenciar o que mais gosta, entra em uma outra dimensão e se deixa levar pelos pequenos detalhes que esses dois tenistas de outro planeta proporcionam e que em mim deixam de ser apenas pequenos momentos, para tornarem-se partes das recordações mais alegres de minha vida como fã do esporte. Obrigado, Roger Federer, obrigado Rafael Nadal.

Um comentário:

  1. Agora tem que escrever um post sobre o Djoko, né? Fez história na grama sagrada.

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